Esteve patente na Galeria do Instituto Camões, em Maputo, um quadro do meu Pai Norberto Geraldes, pintado em 1958, muito bem conservado pelo Museu até hoje. Fiquei emocionada. Para informações mais detalhadas passem pelo blogue:
quarta-feira, 31 de março de 2010
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Fotografias adicionais de pinturas de Sitoe patentes na exposição no Instituto Camões em Maputo
domingo, 1 de novembro de 2009
Celebrando Mulher - Pinturas de Sitoe no Instituto Camões-Centro Cultural Português em Maputo
Está patente ao público uma exposição de pintura de Sitoe, até ao dia 14 de Novembro de 2009, a não perder.
São pinturas bonitas, fortes, penetrantes, dignas de alguém que já tem na sua vida artística, vários prémios. Junto a cópia do catálogo da exposição no qual é possível ler informações adicionais.
São pinturas bonitas, fortes, penetrantes, dignas de alguém que já tem na sua vida artística, vários prémios. Junto a cópia do catálogo da exposição no qual é possível ler informações adicionais.
(para ver o catálogo com maior detalhe, clique sobre a imagem)
O quadro que mais me impressionou nesta exposição é precisamente o que dá o nome á exposição "Celebrando Mulher", cuja fotografia aqui anexo. É um dos quadros mais bonitos desta exposição, transbordante de vida e cor, digno do título que o autor lhe deu. Obrigada Sitoe, por partilhares connosco o teu talento.
(Óleo sobre tela, com 1200x1800 mm)sábado, 31 de outubro de 2009
Exposição de Sitoe - Algumas fotos adicionais
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Notícia publicada pelo Jornal SAVANA a 2 de Outubro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Inaugurado o site INTERSECÇÕES - Galeria de Arte Moçambicana e Internacional
No dia 23 de Setembro de 2009 foi oficialmente inaugurado o site INTERSECÇÕES. Durante esta inauguração, alguns dos artistas presentes autografaram os catálogos, a pedido de vários presentes. Como recordação deste acontecimento ficam aqui algumas fotografias.
O endereço do site é : http://www.interseccoes.net/
Com o fecho da exposição a 27 de Setembro de 2009, não se fecha o grande intercâmbio, as grandes intersecções, entre o público e os artistas plásticos. Este blogue existe também com o propósito de auxiliar a comunicação entre as partes. Passem pelo site, deixem os vossos comentários, digam-nos as vossas opiniões. Ajam e interajam com os artistas plásticos.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Site vai ser oficialmente lançado a 23 de Setembro de 2009
No Consulado Geral de Portugal em Maputo, Moçambique, no dia 23 de Setembro de 2009, pelas 18H, vai ser oficialmente lançado o site dos artistas plásticos participantes na exposição colectiva INTERSECÇÕES, antecedido por uma sessão de autógrafos dos artistas e por um cocktail. Mais notícias sobre este assunto serão aqui colocadas logo que possível.
Entretanto, notem que a exposição estará aberta ao público apenas até ao dia 27 de Setembro de 2009.
Entretanto, notem que a exposição estará aberta ao público apenas até ao dia 27 de Setembro de 2009.
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Palavras de Jorge Dias, Curador do Museu Nacional de Arte, Agosto de 2009
CRUZAR DIFERENÇAS
Já é costume acontecer em Moçambique exposições de arte que cruzam as mais diversas formas de expressãoartística e temáticas, onde a escolha dos artistas é baseada na aproximação e no afastamento de diferentes linguagens. O que mais importa neste tipo de iniciativas é a democratização dos espaços de visibilidade e a possibilidade de agrupar autores para uma confraternização. Esta estratégia, pode ser uma forma de responder ao alargamento das criações em relação aos espaços de circulação, permitindo dar visibilidade a artistas que se encontram marginalizados ao lado de artistas com maior circulação, internacionalmente. Também pode ser curadorias onde as escolhas dos artistas e dos trabalhos são baseadas no cruzamento menos comprometido com as linguagens artísticas e mensagem a passar. Normalmente resultam no afastamento das diferentes linguagens e o corte de leituras contínuas de cada percurso artístico.
Na exposição INTERSECÇÕES acontece o encontro das mais variadas experiências artísticas. 50 Anos separam o artista mais velho da artista mais nova da exposição. Que fazem alguma diferença nas escolas de arte e de posicionamento de cada um. De Geraldes (n. 1921) e Malangatana (n. 1936) a mais nova artista Sónia Sultuane (n. 1971), passando por Roberto Chichorro (n. 1941), Sérgio Veiga (n. 1953), Idasse Tembe (n. 1955), Ciro (n. 1957), João Tinga (n. 1957), Dito (n. 1960), José Mazula (n. 1963) e Sitoe (n 1967), esta exposição tem a felicidade de nos oferecer vários cruzamentos possíveis. Um deles é a possível combinação de Malangatana, como um depositário de tradições culturais presente e profundo conhecedor da sociedade moçambicana, com preocupações, anseios, angústias e incertezas que fazem do artista um pesquisador da sua cultura e história. Que realiza uma pintura carregada de códigos e signos etnográficos, onde o real e o fantástico se unem para revelar ao público uma realidade africana, povoada de superstições, feitiços e lendas. Tendo como protagonistas os espíritos dos antepassados e as forças ocultas da Natureza, a uma artista nova como Sónia Sultuane, que tem uma produção multicultural, inclusiva e global. Cruza a escrita, a expressão corporal, a fotografia e a escultura para possibilitar uma arte/poesia/arte diferenciada. Uma poesia andante ou palavras libertas. Que torna a escrita materializada e colocada no espaço da escultura.
Ciro pinta paisagens entre o real e o imaginário, através da cor e da abstracção gestual da imagem. Ídasse Tembe representa permanentemente o lagarto e a osga. São purificadores do ambiente? A aves apresentam alguns enigmas da natureza. Podem servir como alertas dependendo da forma como são tratadas. Roberto Chichorro que vive e trabalha em Portugal e Dito que vêm participando de exposições colectivas desde 1979 em Maputo, pintam ambientes românticos e poéticos. As mulheres, os objectos domésticos, a forma como pintam as mãos e os pés são alguns elementos em comum com o mesmo significado nestes dois artistas. Para além destes elementos, Chichorro inclui instrumentos musicais que emprestam musicalidade á sua obra. João Tinga e Sitoe tendem a uma pintura monocromática e uma redução máxima de contraste entre cores quentes e frias. As figuras são estilizadas, padronizadas e repetitivas. Sitoe tende para uma pintura narrativa/ilustrativa e João Tinga para uma pintura narrativa/interiorizada. Sérgio Veiga replica a história da pintura antiga e da pintura popular em todo o seu processo históricoe da sua dinâmica de reprodução. Geraldes propõe um "expressionismo popularizado" em cenários e narrativas comuns em vários pintores. Jose Mazula, tem nos seus trabalhos o imaginário, a estética da pobreza e a simplicidade plástica.
Para o curador, INTERSECÇÕES propõe posicionamentos estéticos nos seus variados níveis de circulação da arte. Fica-nos a vez de poder ver a exposição e fazermos as nossas leituras.
Jorge Dias
Curador do Museu Nacional de Arte
Agosto de 2009
"expressionismo popularizado" expressão utilizada por mim para classificar uma da pintura popular onde a expressão das figuras e a escolha das cores utilizadas não depende da experiência de cada autor, mas das experiências colectivas em relação ás imagens existentes.
Já é costume acontecer em Moçambique exposições de arte que cruzam as mais diversas formas de expressãoartística e temáticas, onde a escolha dos artistas é baseada na aproximação e no afastamento de diferentes linguagens. O que mais importa neste tipo de iniciativas é a democratização dos espaços de visibilidade e a possibilidade de agrupar autores para uma confraternização. Esta estratégia, pode ser uma forma de responder ao alargamento das criações em relação aos espaços de circulação, permitindo dar visibilidade a artistas que se encontram marginalizados ao lado de artistas com maior circulação, internacionalmente. Também pode ser curadorias onde as escolhas dos artistas e dos trabalhos são baseadas no cruzamento menos comprometido com as linguagens artísticas e mensagem a passar. Normalmente resultam no afastamento das diferentes linguagens e o corte de leituras contínuas de cada percurso artístico.
Na exposição INTERSECÇÕES acontece o encontro das mais variadas experiências artísticas. 50 Anos separam o artista mais velho da artista mais nova da exposição. Que fazem alguma diferença nas escolas de arte e de posicionamento de cada um. De Geraldes (n. 1921) e Malangatana (n. 1936) a mais nova artista Sónia Sultuane (n. 1971), passando por Roberto Chichorro (n. 1941), Sérgio Veiga (n. 1953), Idasse Tembe (n. 1955), Ciro (n. 1957), João Tinga (n. 1957), Dito (n. 1960), José Mazula (n. 1963) e Sitoe (n 1967), esta exposição tem a felicidade de nos oferecer vários cruzamentos possíveis. Um deles é a possível combinação de Malangatana, como um depositário de tradições culturais presente e profundo conhecedor da sociedade moçambicana, com preocupações, anseios, angústias e incertezas que fazem do artista um pesquisador da sua cultura e história. Que realiza uma pintura carregada de códigos e signos etnográficos, onde o real e o fantástico se unem para revelar ao público uma realidade africana, povoada de superstições, feitiços e lendas. Tendo como protagonistas os espíritos dos antepassados e as forças ocultas da Natureza, a uma artista nova como Sónia Sultuane, que tem uma produção multicultural, inclusiva e global. Cruza a escrita, a expressão corporal, a fotografia e a escultura para possibilitar uma arte/poesia/arte diferenciada. Uma poesia andante ou palavras libertas. Que torna a escrita materializada e colocada no espaço da escultura.
Ciro pinta paisagens entre o real e o imaginário, através da cor e da abstracção gestual da imagem. Ídasse Tembe representa permanentemente o lagarto e a osga. São purificadores do ambiente? A aves apresentam alguns enigmas da natureza. Podem servir como alertas dependendo da forma como são tratadas. Roberto Chichorro que vive e trabalha em Portugal e Dito que vêm participando de exposições colectivas desde 1979 em Maputo, pintam ambientes românticos e poéticos. As mulheres, os objectos domésticos, a forma como pintam as mãos e os pés são alguns elementos em comum com o mesmo significado nestes dois artistas. Para além destes elementos, Chichorro inclui instrumentos musicais que emprestam musicalidade á sua obra. João Tinga e Sitoe tendem a uma pintura monocromática e uma redução máxima de contraste entre cores quentes e frias. As figuras são estilizadas, padronizadas e repetitivas. Sitoe tende para uma pintura narrativa/ilustrativa e João Tinga para uma pintura narrativa/interiorizada. Sérgio Veiga replica a história da pintura antiga e da pintura popular em todo o seu processo históricoe da sua dinâmica de reprodução. Geraldes propõe um "expressionismo popularizado" em cenários e narrativas comuns em vários pintores. Jose Mazula, tem nos seus trabalhos o imaginário, a estética da pobreza e a simplicidade plástica.
Para o curador, INTERSECÇÕES propõe posicionamentos estéticos nos seus variados níveis de circulação da arte. Fica-nos a vez de poder ver a exposição e fazermos as nossas leituras.
Jorge Dias
Curador do Museu Nacional de Arte
Agosto de 2009
"expressionismo popularizado" expressão utilizada por mim para classificar uma da pintura popular onde a expressão das figuras e a escolha das cores utilizadas não depende da experiência de cada autor, mas das experiências colectivas em relação ás imagens existentes.